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Consumo de Álcool X Hipertrofia…

Sabemos que o álcool é prejudicial e pode afetar seu progresso muscular.
O álcool age negativamente sobre a Síntese Proteica, fator determinante para o desenvolvimento muscular. A Síntese Proteica é o processo metabólico bioquímico do organismo onde os aminoácidos são unidos para formar proteínas, pocesso de construção muscular!
O hormônio responsável pelo aumento de massa magra é a TESTOSTERONA. Estudos comprovam que o álcool e os açúcares simples diminuem a testosterona livre no sangue.
Outro fator importante que devemos nos atentar é a DESIDRATAÇÃO causada pelo álcool. Os rins necessitam filtrar altas quantidades de água para conseguir quebrar a molécula de álcool, resultando em desidratação. Para crescer ou manter a massa muscular precisamos ter os músculos bem hidratados, já que são constituídos por aproximadamente 70% de água. Com a desidratação há esgotamento de vitaminas e sais minerais do corpo, principalmente das vitaminas A, C, Complexo B, ainda os minerais cromo, zinco, magnésio, fósforo e ferro. Estas mantém vários processos metabólicos do corpo em equilíbrio, principalmente os que envolvem a hipertrofia muscular.
O álcool aumenta o acúmulo de gordura. Com 7 calorias por grama, pode ser bem “engordativo”, perdendo apenas para a gordura que tem 9 calorias por grama. O consumo do álcool também atrapalha o Ciclo de Krebs, que tem papel importante na queima de gordura.
Vamos falar um pouco da nossa querida Cervejinha estupidamente gelada e paixão nacional!
Ouvimos que Cerveja dá barriga, Cerveja é diurética, Cerveja faz bem, Cerveja faz mal, Cerveja vicia… Com o calor, ela é sempre bem vinda e de uma maneira extremamente moderada, não trará danos à dieta, porém, quero trazer nesta matéria, alguns destaques sobre a ação no organismo quando tomamos Cerveja.
Assim como grande parte dos alimentos, há estudos sobre possíveis efeitos benéficos ou maléficos que a cerveja desencadeia no organismo.
Recentemente a literatura aponta que consumir moderadamente álcool resulta em redução do risco de doenças cardiovasculares. Com um copo de cerveja por dia há diminuição de riscos de diabetes e hipertensão. A bebida contém ácido fólico, vitaminas, ferro e cálcio – nutrientes que protegem o sistema cardiovascular.
Mas cerveja dá barriga? Sim… Um copo de cerveja tipo Pilsen, possui aproximadamente 280 calorias. Imagine acompanhada por aperitivos como salgadinhos e frituras, que grande parte das pessoas consome junto à bebida. Isso tudo são calorias extras ingeridas, que no final da conta do dia, se transforma em gordura!
FISIOLOGICAMENTE O QUE OCORRE NO ORGANISMO AO INGERIR CERVEJA?
A intenção é refrescar o calor em um dia quente, por isso tem que ser “estupidamente gelada”!
O malte da cerveja é de natureza quente e é um alimento altamente calórico que produz calor interno e aumenta a temperatura corporal. A cerveja foi trazida ao Brasil pelos europeus e é tomada na Europa sem gelo, para aquecer o organismo devido ao clima frio local. Nosso clima, principalmente nas regiões mais secas, é impróprio para o consumo de cerveja pois, ao ingerir cerveja gelada, há sensação de saciedade da sede, por reduzir o calor interno, devido à temperatura artificial do líquido.
Atingindo o estômago, é dissipada por ação do calor local (temperatura estomacal em torno de 37,5°C).
O ácido clorídrico (HCl) presente no lúmen estomacal, torna o pH próximo de 1,4, iniciando o processo de digestão dos componentes da cerveja.
Nessa temperatura, o princípio ativo quente do alimento passa a gerar calor interno. O calor é absorvido pelo sangue, passando pelo hipotálamo. Há dissipação do calor residual (em excesso), ativando a vasodilatação periférica e a sudorese.
Com a perda da água, para eliminar o calor indesejável gerado pela cerveja, o hipotálamo ativa a sede como se fosse recuperar os líquidos que estão sendo perdidos nesse processo. Ainda há inibição do hormônio antidiurético (HAD), para eliminar o álcool tóxico do sangue, reduzindo o conteúdo líquido interno (urina e suor) e gerando cada vez mais calor residual a cada cerveja ingerida. (desidratação).
Após a primeira ida ao banheiro é difícil parar de sentir vontade de urinar e isso debilita o organismo. Então entra em ação o Sistema de Compensação Interna (SCI), sinalizando sintomas mais ou menos críticos, em função da quantidade de cerveja ingerida. Como vimos, a cerveja leva a um forte estado de desidratação e isso colabora com a perda de importantes vitaminas e minerais hidrossolúveis que estão ligados diretamente com o trabalho de contração e recuperação muscular.
Por ser fermentada, leva à formação de gases com consequente distensão abdominal (formação da barriguinha).
Com a perda de líquidos, a concentração de toxinas no sangue aumenta rapidamente, ainda leva o indivíduo à um estado de hipoglicemia.
O consumo de álcool também diminui a síntese proteica, pois os níveis de TESTOSTERONA caem enquanto AUMENTA a produção de ESTROGENOS(A cerveja por via do lúpulo e cevada tem ação fitoestrogênica) , resultando em menos massa muscular.
Uma bebida ocasional não é problema, mas NÃO vamos correr o risco de perder nossa massa magra! Beber sempre com muita cautela e moderação!
Referências:
 
BACURAU, Reury F. Nutrição e Suplementação Esportiva. São Paulo: Phorte, 2011;
Weineck, J. Biologia do Esporte. 2ª edição. São Paulo, Manole, 2010;
Larissa Cunha- arquivo próprio.
– Nutricionista CRN 8457 Pr
– Personal Trainer CREF 2998 G Pr
– Especialista em Treinamento Desportivo
– Especialista em Fitoterapia
– Mestranda em Nutrição e Biotecnologia de Alimentos
– Integral Expert
– Bi-Campeã Mundial e Miss Universo Bodybuilding
– Contato: larissagcunha@hotmail.com

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